Boleros, chá-chá-chás que não saem de moda e superam a barreira do idioma
São Paulo, 28 de setembro (Notistarz/Blog Bailaki) – “Perfidia”, “Reloj”, “Corazón espinado” e outros grandes sucessos de artistas mexicanos como Carlos Santana, Maná e Luis Miguel perduram ao longo dos anos nos bailes da dança de salão que animam quase diariamente a vida noturna de São Paulo.
A maior metrópole sul-americana ainda é seduzida pelos clássicos espanhóis e, embora em muitos casos os dançarinos e as próprias bandas tenham dificuldade de pronunciar algumas palavras em espanhol, o sentimento romântico e a admiração pelo gênero não têm barreiras para chegar ao coração do público brasileiro
Músicas dos mexicanos do Maná e de Luis Miguel, presentes em todas playlists dos bailes pela cidade
Pioneiros
A devoção à música em língua espanhola no Brasil foi despertada em meados do século XX por artistas como o cubano Dámaso Pérez Prado, o “Rei do Mambo”, e Bienvenido Granda, que chegou a passar uma temporada na cidade litorânea de Recife para gravar para uma gravadora judaica da capital pernambucana (nordeste).
Com aparições fugazes, outros artistas hispano-americanos tiveram relativo sucesso no blindado mercado brasileiro e, na direção oposta, Roberto Carlos, Altemar Dutra e o sambista Miltinho – mas no gênero bolero – fizeram o mesmo cantando em espanhol.
Na década de 1970, enquanto o brasileiro Nelson Ned abria portas na América Latina, os espanhóis Julio Iglesias e Manolo Otero -que decidiu se estabelecer no Brasil até sua morte, em 2011- conquistavam o público brasileiro, principalmente com seu estilo sedutor.
Esse intercâmbio, embora modesto, permitiu que os artistas brasileiros dessem continuidade ao legado de apresentar canções em espanhol e não apenas as versões adaptadas em português de seus colegas vizinhos.
Novas gerações
Hoje, a partir de São Paulo e pelo resto do Brasil, artistas e bandas mantêm canções em espanhol em seu repertório para a dança de salão, incorporando inclusive novos sucessos como “Despacito”, dos porto-riquenhos Luis Fonsi e Daddy Yankke, ou “Corazón partío”, do espanhol Alejandro Sanz, entre muitos outros.
As bandas Brisa do Mar, Baila Brasil, Imperium, Philadelhia e Transa Musical são algumas das muitas que animam as noites quentes ou frias de São Paulo, mas artistas solo também se aventuraram na carreira interpretando canções em sua maioria em espanhol, como Alexandre Arez, que já gravou na Espanha, e Altemar Dutra Jr., que herdou o legado do pai.
Nos clubes sociais, casas noturnas e danceterias brasileiras, onde sempre há artistas ao vivo, nunca faltará a música espanhola
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FIM/Notistarz Staff-Blog Bailaki