Zouk em São Paulo: o ritmo que conquistou a noite paulistana
Com raízes nas ilhas do Caribe e alma brasileira, o Zouk vem ganhando cada vez mais espaço nas pistas de dança de São Paulo, transformando a cidade em um dos principais polos mundiais desse estilo envolvente e sensual. O que começou como um nicho entre dançarinos apaixonados, hoje movimenta uma verdadeira cena cultural, com festas lotadas, aulas em dezenas de academias e até competições internacionais sediadas na capital paulista.
Raízes internacionais, coração brasileiro
Originado do ritmo caribenho homônimo criado em Guadalupe e Martinica nos anos 1980, o Zouk chegou ao Brasil na década de 1990. Por aqui, ganhou uma nova identidade ao se misturar com a lambada — especialmente em Porto Seguro (BA) — dando origem ao chamado Brazilian Zouk.
São Paulo rapidamente se tornou um dos principais centros desse novo estilo, que se caracteriza por movimentos fluidos, ondulações corporais e uma forte conexão entre os pares. Atualmente, a cidade abriga uma das maiores comunidades de Zouk do mundo.
Uma cena em expansão
Festivais como o Zouk Open, o Sampa Zouk Congress e o Brazilian Zouk World Championship, realizados anualmente na cidade, atraem milhares de pessoas de todo o mundo, incluindo turistas vindos da Europa, Ásia e Estados Unidos, que vêm tanto para dançar quanto para aprender com os principais instrutores do país.
Além dos grandes eventos, há uma movimentação semanal em bailes fixos, como os que acontecem na Vila Madalena, Pinheiros, Moema e na região central, com casas noturnas que já dedicam noites exclusivamente ao ritmo.
O Zouk como ferramenta social e terapêutica
Mais do que uma dança, o Zouk vem sendo também reconhecido como ferramenta de expressão emocional, inclusão social e até terapia corporal.
A palavra “zouk” significa “festa” e o estilo de música teve origem no Caribe. No Brasil, substituiu a lambada, que tem a mesma marcação rítmica. No entanto, a melodia do zouk pede movimentos mais sensuais e suaves. Em uma hora de aula, a dança pode gastar de 400 a 500 calorias, mas existem pessoas que conseguem queimar até 800 calorias.
Em projetos sociais como o Zouk para Todos, o ritmo é usado para promover integração de pessoas com deficiência, idosos e jovens em situação de vulnerabilidade.
Desafios e o futuro do movimento
Apesar do crescimento, o movimento enfrenta desafios. A falta de apoio institucional, a valorização desigual entre danças urbanas e de salão, e a escassez de patrocínio para eventos culturais ainda limitam o alcance do Zouk em setores mais amplos da sociedade.
Um dos nomes mais consagrados do zouk brasileiro é o mestre em Educação Física Philip Miha, que já representou o pais em diversos festivais e congressos internacionais, como na Espanha, India e Holanda, além do júri da "Dança dos Famosos", par da renomada dançarina Sheila Mello no World Dance Festival e que já se apresentou em programas da rede Globo.
Neste mês de maio, Miha comemora os 22 anos do zouk paulistano no bar Carioca Clube, no bohemio bairro de Pinheiros e que está presente no nosso BAILAKI Guia.
Com a chegada constante de novos adeptos, fusões com outros estilos (como o Zouk Funk e o Neo Zouk) e crescente presença nas redes sociais, tudo indica que o Zouk continuará embalando corações e pistas paulistanas por muito tempo.
Waldheim G. Montoya
#bailaki #eventos #bailakiguia #bailakipool #turismo #escolasdedança #baladas #dança #vemcomagente #guiadadança#galeradadança #eventosdedança #ondedançar #saopaulo #zouk #cariocaclube #philipmiha