Jovelino: A Vida em Ritmo de Dança


Jovelino Silva: A Dança como ritmo de vida.


Aos   73 anos, Jovelino  é a personificação da paixão e da dedicação à dança, parte da sua rotina diária. Em São Paulo soma mais de 17 anos em bailes, os frequenta quase todos os dias e, quando não vai, busca qualquer alguma atividade relacionada, seja dançando em casa, lendo um livro sobre o assunto, assistindo vídeos ou criando coreografias por prazer e para projetos futuros. 

Natural de   Olinda – PE, funileiro com 50 anos de profissão e  por décadas dividiu seu tempo entre o trabalho diurno e o brilho das noites como discotecário, coreógrafo, dançarino e personal dancer. Tem sua parceira Silvana Moreli,  na vida e na pista,  é pai de três filhos e avô de três netos.

Os Primeiros Passos e a Evolução no Mundo da Dança

A dança entrou na vida de Jovelino aos 8 anos em Olinda - PE, impulsionada pelo pai, músico do lendário bloco de rua Urso Continental. Desde cedo se envolveu no bloco, desfilando e marcando o ritmo com o "taró" (um instrumento de percussão) . Aos   14 anos já atuava como discotecário e dançarino nos bailes de colégio, onde sua paixão pelos ritmos floresceu.

A jornada de Jovelino o levou ao Rio de Janeito por 2 vezes, em 1975 quando  ficou por 4 anos e em 2003 quando ficou por mais 8 anos. Por la se  aprofundou no universo dos blocos e das   escolas de samba. Em um dos anos  se tornou diretor da ala de gafieira do bloco  Boêmios do Irajá, que desfilava na tradicional Avenida Rio Branco, e foi convidado a desfilar em agremiações icônicas como   Vila Isabel   e   União de Jacarepaguá. Chegou a desfilar nos blocos durante o dia e na Sapucaí à noite.

Uma boate carioca, ciente de seu trabalho como discotecário em Recife e de seu gosto pela música e  dança, o convidou para atuar nos intervalos da banda na casa. Dali o passo para se tornar personal dancer  foi natural.  Mas antes de iniciar como personal no Rio de Janeiro era necessário possuir certificação. Buscou essa formalização em três cursos profissionalizantes de uma Universidade de Dança da cidade, habilitando-se para  ajudante do professor, professor e personal, começando a atuar nessas atividades.

O Brilho das Competições e a Parceria em São Paulo

Em   2011 Jovelino chegou à  São Paulo. Em Osasco um "caça-talentos" o viu em um baile da cidade dançando e o convidou, junto com sua parceira da época, a Neusa Almeida, para participações em  Olimpíadas da Terceira Idade pelas cidades do Estado, representando Santana de Parnaíba. Competiram  na modalidde dança de salão por 05 anos (2011-2015), colecionando 04 primeiros lugares.

 

Em   2016  o produtor de eventos Sergio Tavares o convidou para uma apresentação de dança de salão em um programa da TV Brasil, programa que teve boa repercurssão nacional. 

Posteriormente, Barueri o convidou para representar a cidade e ele formou uma nova parceria com Sueli Oliveira – ironicamente, ela e seu esposo foram incentivados por ele a entrarem na escola da Professora Silvana em Osasco para aprender a dançar,  Sueli se destacou e foi convidada a formar dupla com Jovelino. Com Sueli, alcançaram finais em competições, conquistando por 2 vezes o 1º lugar .

Jovelino nos conta alguma das peculiaridades das competições: "Às músicas de cada ritmo são reveladas apenas na hora e cada apresentação e duram 3 minutos. São avaliados por dupla o ritmo, o sincronismo, a criatividade, a percepção de passos e s elegância, com cada item contendo diversos quesitos". Ele leva muito a sério essas participações, estudando e  aprimoraando-se constantemente, assistindo vídeos e criando coreografias, sempre buscando uma boa classificação e apresentação.

A Dança uniu: Jovelino e Silvana pelos salões

A história com   Silvana   começou em um  baile de sábado no Zais em 2011, quando um garçom o incentivou a convidá-la para dançar. Após observá-la Jovelino fez o convite  e ela aceitou,  acompanhando-o nos passos de dança chamando sua atenção. O convite para irem ao baile do Bar do Nelson no baile da segunda seguinte deu início ao namoro. 

Desde então, eles formam um par inseparável, tanto na vida quanto nas pistas de dança. Nos bailes da cidade, são amplamente conhecidos e queridos, chamando a atenção pelas coreografias e, especialmente, pelos seus looks sempre combinando. Brilho, cor e o icônico chapeuzinho são elementos constantes que os tornaram uma presença marcante.

Ele não compete com Silvana nos campeonatos estaduais porque as categorias de idade não permitem. Como Silvana é mais nova, ela não pode competir na mesma categoria que ele.

 

O que vem observando nos  bailes da cidade

Figura marcante na noite paulistana e amante dos bailes,  nos últimos tempos observa a diminuição de damas com formação em dança por escolas, o que leva muitas a tentarem a aprender nos próprios bailes, dificultando o aprendizado da condução, primordial para a prática da dança de salão. Embora reconheça o trabalho de personals dancer como necessário pela falta de cavalheiros nos bailes, ele acredita que alguns apenas acompanham a dama e não as ensinam a condução, que é fundamental.

Ele também percebe que, nos bailes, as bandas por vezes usam a mesma batida para diferentes ritmos, tornando as músicas monótonas para dançar.

Dançar por Amor: A Paixão e a Técnica de Jovelino na Pista

Jovelino, com seu jeito peculiar de dançar, tem uma máxima que sempre transmite as damas que o acompanham pelos salões: "O cavalheiro sou eu, segue meus passos",. Pode parecer rude as vezes, mas é forma que  encara o ato de dançar com amor e seriedade, seja em um baile casual ou em competições. Tem uma filosofia peculiar sobre a dança de salão: "Eu tenho uma diferença de alguns personals dancers e cavalheiros,  eles dançam e não corrigem, eu corrijo... eu danço por amor à dança".

Descreve como seus momentos mais marcantes na dança: Sua primeira competição, onde foi levado ao mundo das competições e outro no dia que sua técnica o levou em um desafio em São Paulo, quando pariticipou de uma apresentação de gafieira junto a um casal, precisou corrigir a forma que a dama estava sendo conduzida, ele nos conta como foi: "Eu entrei e pedi a dama, ele entendeu, girou ela pra mim , peguei e ja fiz uma enttada de perna, fiz um romário,  coisas que ele nao estava fazendo". Ficou muito bonito para a plateia que o aplaudiu muito pel a  maestria dessa ação.

Sonhos e Legado para o Futuro

Além de sua vida dedicada à dança, Jovelino continua atuando como funileiro, profissão que o levou a São Paulo e Rio de Janeiro, trabalhando de dia e se dedicando à paixão pela dança à noite.

Para o futuro, Jovelino já tem um projeto ambicioso e detalhado no papel: abrir uma academia de dança   voltada para profissionais e alunos avançados, com o objetivo de aprimorar coreografias e técnicas. Um mestre que, aos 73 anos, prova que a paixão pela dança não tem idade e segue em constante evolução, inspirando gerações. Ele mantém até hoje seus equipamentos de discotecário.


Angélica Pellicer

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