Funk brasileiro conquista Portugal: Anitta, Oruan e o ritmo que ultrapassa fronteiras

Funk brasileiro conquista Portugal: Anitta, Oruan e o ritmo que ultrapassa fronteiras

Por Waldheim G. Montoya / Região do Algarve, Portugal 


O funk brasileiro, por décadas marginalizado e criminalizado dentro do próprio país, vem alcançando um novo status: o de fenômeno global. Se antes era restrito às comunidades periféricas do Rio de Janeiro e São Paulo, hoje o gênero toca nas rádios internacionais, invade playlists europeias e embala multidões em festivais estrangeiros — especialmente em Portugal, onde o ritmo virou trilha sonora do verão.

No centro desse movimento, nomes como Anitta, consagrada internacionalmente, e Oruanjovem promessa carioca, vêm sendo fundamentais para a consolidação do funk nas pistas e rádios lusitanas.

Das favelas para o mundo

O funk começou a ganhar contornos internacionais com o estouro de Anitta. Desde o hit “Vai Malandra” (2017), a cantora vem mesclando o ritmo com pop, reggaeton e trap, abrindo espaço em mercados como Estados Unidos, Espanha e, especialmente, Portugal, onde mantém uma base sólida de fãs. Em 2024, seu álbum bilíngue trouxe colaborações com artistas europeus e reforçou sua conexão com o público lusófono.

Mais recentemente, artistas como Oruan vêm consolidando a nova geração do funk carioca no exterior. Com batidas mais melódicas e letras voltadas para temas de empoderamento, romance e vivências da juventude periférica, Oruan emplacou singles nas rádios de Lisboa, Porto e Faro — como "Sequência do Amor" e "Senta com Carinho", que figuraram entre as mais tocadas do verão português.

“Receber mensagens de fãs portugueses dizendo que estão dançando meu som em boate de Algarve ou ouvindo no carro é surreal. Nunca pensei que o funk que a gente faz aqui fosse atravessar o oceano”, disse Oruan em entrevista exclusiva.

Portugal, a nova casa do funk brasileiro

O sucesso do funk em Portugal não é por acaso. A forte presença da diáspora brasileira, combinada com o interesse crescente da juventude lusitana por ritmos urbanos latinos e africanos, cria um terreno fértil para o gênero.

“Portugal é o portal de entrada do funk na Europa”, afirmam os organizadores do já renomado baile Embraza de Lisboa, que sempre têm os melhores remixes com batidas brasileiras. “É um ritmo que conversa com o afrobeat, com o reggaeton, com o kizomba. Não é difícil para o público daqui se identificar”, falam os responsáveis.

Segundo dados da Rádio Cidade FM, uma das principais rádios jovens do país, o funk brasileiro já representa cerca de 20% da programação noturna, e DJs locais começaram a misturar o ritmo com influências locais, criando versões híbridas que já se espalham pela Espanha, França e Alemanha.

Reconhecimento e desafios

Apesar do crescimento, o funk brasileiro ainda enfrenta estigmas, inclusive no exterior. Letras mal compreendidas, preconceito com o português brasileiro periférico e resistência de parte da elite cultural europeia são obstáculos ainda presentes.

Para Anitta, no entanto, o caminho é irreversível. “O funk é a maior exportação cultural do Brasil hoje. E não adianta: o mundo está dançando no nosso ritmo, mesmo que alguns ainda resistam a reconhecer”, disse a cantora em uma recente coletiva em Paris.

Já Oruan aposta na autenticidade e na conexão com o público jovem: “A gente não precisa se moldar pra caber lá fora. O mundo é que tá se moldando pra ouvir o que vem da favela.”

Com a batida do Brasil tocando nas ruas de Lisboa e além, o funk brasileiro prova, mais uma vez, que arte periférica também é potência global.

O sucesso internacional do funk você vai acompanhar sempre aqui no BLOG do BAILAKI Guia, onde também vai encontrar as melhores baladas e eventos desse ritmo que já faz parte da cltura carioca.

Waldheim G. Montoya

#bailaki #eventos #bailakiguia #bailakipool #turismo #escolasdedança #baladas #dança #vemcomagente #guiadadança#galeradadança #eventosdedança #ondedançar #riodejaneiro #funkcarioca #portugal #anitta #oruan

Arraiás em Sampa: Festas Juninas na Capital e Grande SP em 2025.